segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Lenda da Inveja
Conta uma antiga fábula que, depois de muito fugir de uma cruel serpente, o vaga-lume se rendeu, pedindo apenas para que ela lhe respondesse três perguntas, antes de devorá-lo. Um pouco relutante, mas satisfeita por mostrar sua superioridade diante da presa, a serpente aceitou a proposta. Para começar, o inseto quis saber se fazia parte da cadeia alimentar de sua perseguidora. Rapidamente, ela respondeu que não. Percebendo que não se tratava de uma questão alimentar, o vaga-lume tentou puxar pela memória algo pessoal. No entanto, não se recordou de nenhum conflito entre eles. Questionou, então, se já havia feito algum mal à cobra. Ela balançou a cabeça negativamente. Confuso e sem entender o que se passava, ele perguntou, por fim, o que fazia a serpente caçá-lo com tanta insistência e ódio. A resposta foi objetiva. "É que não suporto vê-lo brilhar", disse.
Essa simples história retrata com clareza um sentimento conhecido por todos nós: a inveja.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Lenda do Boto
Segundo se conta na Amazônia, os botos do rio Amazonas fazem charme para as moças que vivem em vilas e cidades à beira-rio. Eles as namoram e, depois, tornam-se os pais de seus filhos!
No início da noite, o boto se transforma em um belo homem e sai das águas, muito bem vestido e de chapéu, para esconder o buraco que todos os botos têm no alto da cabeça (o buraco serve para respirar o ar, já que os botos são mamíferos e têm pulmões, como você). O rapaz-boto vai aos bailes, dança, bebe, conversa e conquista uma moça bonita. Mas, antes do dia surgir, entra de novo na água do rio e se transforma de novo em um mamífero das águas.
O boto verdadeiro
O verdadeiro boto é um mamífero da ordem dos cetáceos. Há um grupo deles que vive exclusivamente em água doce, de rio. O que vive na América do Sul tem o corpo alongado, de dois a três metros de comprimento. Tem grandes nadadeiras peitorais e cerca de 134 dentes. São cinzentos, mas clareiam com a idade e ficam cor-de-rosa!
Botos comem peixes e, às vezes, frutos que caem no rio. A fêmea tem um filhote, que permanece ao seu lado até ficar adulto.
Parece que as lendas sobre "botos-homens" só surgiram no Brasil a partir do século XVIII. Pelo menos, nenhum pesquisador encontrou registros mais antigos dessa lenda! Mas, na mitologia dos índios tupis, há um deus - o Uauiará - que se transforma em boto. Esse deus adora namorar belas mulheres.
Até hoje, mães solteiras na região do Amazonas dizem que seus filhos são filhos "do boto"! O olho do boto, seco, é considerado um ótimo amuleto para conseguir sucesso no amor. Se o homem quer conquistar uma mulher, dizem que ele deve olhar para ela através de um olho de boto. Desse jeito, ela não vai poder resistir - e vai ficar perdidamente apaixonada...
Caiapó
Os Caiapós (também grafado kayapó ou kaiapó) é uma das denominações de um grupo indígena habitante da Amazônia brasileira.
Caiapó e uma etimologia que data do início do século XIX e tem origem em outros grupos indígenas circunvizinhos desta etnia. Kayapó significa homens semelhantes aos macacos, em grande medida devido a certos rituais que este grupo realiza nos quais são utilizadas máscaras de macaco pelos homens. A autonominação dos chamados Kayapó é mebêngôkre que significa literalmente "homens do poço d'água", ou seja, na lingua propria deles, eles se autonominam mebêngôkre; porém são chamados de caiapós, pelas outras tribos indigenas. Entretanto, em tupi-guarani: caia = incendio, labareda; pó = mão, portanto: caiapó, etimologicamente, significa também: aquele que conduz fogo na mão, condutor de fogo na mão, incendiario.
Caiapós - nome dado pelos índios tupi-guarani, para os Bandeirantes - nessa região do Triângulo Mineiro - foram os habitantes do Cerrado do município de Uberlândia.
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